Nunca mais (é passado).
sábado, 12 de fevereiro de 2011
 Nunca me lembrei de coisas fanáticas. Nunca me recordei de memórias estranhas que se entranhavam em mim como uma força de tempestade.
Apenas me recordei da minha vida, como um sonho extra-memorável. Digo isto porque das vezes que acordava tinha sempre qualquer coisa para contar, algo
novo para viver e era isso que me fazia ver quem eu era e o que realmente fazia no meu mundo.
 Nunca me reconheci como uma pessoa ingénua, nem egoísta. Apenas me via como uma pessoa livre sem qualquer vontade de me prender a alguém.
Lembro-me de levadas de minhas viagens ao mundo dos outros em pequeno, e das vezes que viajava não estava certo das minhas acções. Porque não era eu que me guiava, mas sim, um consciente ou subconsciente que sorria enquanto praticava as acções vontadescas. Dessas viagens trago na memória momentos bons, explendidos, e também maus ou mesmo momentos jograis por parte dos donos desse mundo. Porque limitavam-me a praticar jogralidades, limitavam-se a estragar-me a vida, exercitando as deles, que no fundo era viver bem, e fazer o que gostavam, imitar personagens, e gozá-las para entretenimento.
 Soube pouco tempo depois que nada, nada me prendia a ninguém, porque era simplesmente eu que importava, e que o meu mundo não necessitava de filantropia gótica, rockeira, estilos apodrecidos e aborrecidos. Nunca precisei de me vender para acreditar em amizades perfeitas, nunca sorri para um outro que precisava de mim, apenas me limitei a viver sobriamente, com o meu estilo dogmático próprio.
 Estava com poucos anos de idade, e sabia pouco de mim, inventava problemas para mim, escutava atenções, via-me bem mas ao mesmo tempo mal. Tudo o que eu queria mudar, não dava para mudar. Mas as falsidades, tudo o que me acontecia com elas, só me davam problemas. Era falsidade de tudo, amizades, amor e até da fé.
 A fúria que senti tinha desvanecido quando a minha primeira casa imperfeita havia caído. Estava completada de energia quando isso acontecera, não me podia magoar com os elementos de um jogo autroísta de rivalidades, crueldades, infelicidades. Apenas me defendi a partir daquele momento dos jogadores mais organizados que eu e que me magoavam utilizando técnicas baixas e de insensatez.Porque de todas as vezes que se dirigiam a mim, antes da podridão da casa, eu desistia de mim, desistia dos meus próprios sonhos.
 A casa caíu , e os alicerces eram fraco, sempre pensei que estavam bem construídos mas no final das contas , foi tudo mal pensado, coisas mal feitas que levaram ao desabamento de tudo.
 Os meus sonhos cresceram, quando eu me levantei da cama e reparei que estava independente. Que nunca precisei de ninguém, nem de nada. Os vícios, tudo que me havia dado problemas, haviam desaparecido. Os meus novos amigos, a minha família, tudo me esperava. Só precisava agora de realizar os meus próprios sonhos que em pequeno estava sempre a estimá-los e que eu queria recuperá-los.
   Porque sei sempre que depois dali, de exercíos adulterizados, de magias incertas, estava agora ali numa outra casa tentando um mundo diferente, um mundo de sonhos.
   E sei, que agora , e hoje, é o primeiro dia da minha vida.
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